Evellyn Brisola Perusso vai responder por fraude processual e denúncia caluniosa
Sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Paraná pela morte do jogador Daniel, no final de outubro, na Região Metropolitana de Curitiba. Além da família Brittes, outras quatro pessoas foram denunciadas pelo envolvimento no crime.
A surpresa em relação ao inquérito policial foi o indiciamento de Evellyn Brisola Perusso, 19 anos, que 'ficou' com a vítima na festa antes do crime. Ela vai responder por denunciação caluniosa e fraude processual, mas não será presa.
"Houve uma tentativa de se imputar crimes a terceiros, que sabidamente não participaram. Foi uma tentativa de atrapalhar a investigação. Aí culminou no crime de falso testemunho", afirmou o promotor João Milton Salles ao Uol. "Quando ouvida, trouxe à cena do crime o Eduardo Purkote. Na conclusão do inquérito e após a minha análise, chegou-se a conclusão que ele não participou", explica. Purkote, que foi indiciado no inquérito policial, não foi denunciado por nenhum crime e foi solto na segunda (26), após doze dias preso.
Evellyn não será presa porque a pena para os crimes que ela deve responder é baixa. "O crime é de denunciação caluniosa, e o meio utilizado para isso foi um falso testemunho. Ela dolosamente atribuiu essa conduta criminosa ao Eduardo (Purkote)".
Em depoimento, Evellyn afirmou que Eduardo Pukorte foi quem deu a faca do crime a Edison Brittes Júnior, autor confesso do assassinato. Ela também disse que Purkote quebrou o celular de Daniel e participou do espancamento ao jogador. Segundo o promotor, outras testemunhas contradizem essa versão e não há provas de que Purkote, que estava na festa com o irmão gêmeo, participou do crime.
Também foram denunciados Edison Brittes Júnior, Ygor King, David Vollero e Eduardo Henrique da Silva, que estavam no Veloster preto e levaram o jogador para o local em que foi assassinado. Eles responderão por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
Cristiana Brittes foi denunciada por homicídio qualificado. Allana Brittes foi denunciada por fraude processual e coação de testemunha.
Os advogados de Evellyn afirmaram receber com surpresa a denúncia. Luiz Roberto Zagonel, defensor da jovem, diz que ela é totalmente inocente."Nos causou espanto ela ter sido denunciada porque o próprio delegado entendeu que a Evellyn é testemunha dos fatos", diz. "Ela foi coagida a estar na residência e coagida a limpar o sangue. Tanto ela foi coagida que as pessoas foram indiciadas por coação a testemunhas, incluindo ela", acrescenta.
O advogado afirma estar confiante que Evellyn, que tem um filho pequeno, será absolvida. ""Há no inquérito policial um Boletim de Ocorrência feito pela mãe da Evellyn porque ela estava sendo ameaçada nas redes sociais por toda essa situação. Ela presenciou uma cena aterrorizante, ela falou o que sabe polícia, mesmo temendo as consequências. É espantosa essa denúncia", finaliza.
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